"Sometimes there's so much beauty in the world, I feel like I can't take it, and my heart is just going to cave in"
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Eu e deus
Eu não sou uma pessoa religiosa. Na verdade nenhuma teoria religiosa até hoje me convenceu. Não gosto quando falam de Deus. As pessoas falam de Deus como se ele tivesse o mesmo significado para todo mundo. Porque Deus fez isso, porque Deus vai fazer aquilo. É engraçado como todo mundo quer ser feliz, mas ninguém procura realmente a felicidade. Estamos sempre esperando alguma coisa de Deus. Acho legal ter fé, acreditar em você e tudo mais. Se a gente não acreditar que pode dar certo não adianta nem tentar. Mas eu gosto de pensar também que se a gente faz alguma coisa de coração, acreditando nela, não tem muito o que dar errado. Pode não acontecer o que você esperava, mas falar que deu errado é desperdício de vida. Eu não sei se sou atéia, porque eu acredito em alguma coisa. Como diz o Luiz Felipe Pondé, na verdade eu deixei de acreditar em Deuses bobos. Acredito que seja importante rezar, não importa pra quem. Pode ser para você mesmo. Eu acredito em energia, pelo simples fato de que eu sinto. O sol é energia, por exemplo. E eu acredito que quando a gente acredita e corre atrás do que queremos a nossa energia muda e fica mais fácil de conseguir. Pra mim rezar é gerar energia para si próprio. E pode não acontecer o que a gente queria de fato, mas acho o universo tem alguma espécie de equilíbrio e a vida vai sendo costurada aos poucos, mas nós é que damos os primeiros passos. É fácil observar como isso acontece naturalmente. Uma planta só cresce se for plantada, receber água e luz. Acho que uma das lições mais importantes da nossa vida acontece quando plantamos o nosso primeiro pé de feijão. Para aprendermos que as coisas têm um tempo para amadurecerem. Para entendermos o nosso próprio tempo. E que na verdade o universo vai fazer seu pé de feijão crescer, mas só se você cuidar dele muito bem. Os nossos sonhos são como uma semente de feijão que precisa ser plantada. E se deixamos nossos sonhos de lado é porque esqueceram de nos contar que precisamos cultivá-los.
Descobri esses dias que Deus é o tempo. Ele está inevitavelmente entre nós, mas nunca foi entendido ou definido porque ele está sempre mudando. Ele passa tão rápido que é impossível definir o que é o tempo. É inconstante assim como nós, assim como tudo. Porque tudo muda porque o tempo passa. E como disse Guimarães Rosa "O mais importante e bonito do mundo é isto, que as pessoas não são sempre iguais, ainda não foram terminadas, mas que elas vão sempre mudando, afinam ou desafinam, verdade maior”. Por isso eu acho besteira a gente tentar se definir, porque ainda não fomos terminados e o mundo ainda não foi terminado. Nietzsche já falava sobre essa ideia do eterno ciclo das coisas e eu acho que essa é a maior verdade. Por isso somos infinitos. E a vida está aqui para nos mostrar como é idiota estabelecer qualquer coisas ou ter certezas absolutas. Nós não sabemos nem de onde viemos e nem para onde vamos simplesmente porque não existe uma definição. E somos bobos e passamos a vida inteira pensando sobre isso sendo que a resposta é óbvia: não existe resposta. O universo inteiro, com todas as galáxias e planetas não foram terminados. A vida está na nossa frente nos mostrando como é inútil definir qualquer coisa. Fico pensando em como o presente é o momento mais importante sempre, mas a gente não consegue dar o valor certo por causa das milhões de possibilidades que aparecem a todo momento. Por isso nem adianta falar para aproveitar o momento, porque a gente aproveita o momento quando dá e de forma natural. Enfim, no final a única coisa que eu sei é que quando eu olho para trás eu penso que a vida vale mesmo a pena e isso basta para mim.
Descobri esses dias que Deus é o tempo. Ele está inevitavelmente entre nós, mas nunca foi entendido ou definido porque ele está sempre mudando. Ele passa tão rápido que é impossível definir o que é o tempo. É inconstante assim como nós, assim como tudo. Porque tudo muda porque o tempo passa. E como disse Guimarães Rosa "O mais importante e bonito do mundo é isto, que as pessoas não são sempre iguais, ainda não foram terminadas, mas que elas vão sempre mudando, afinam ou desafinam, verdade maior”. Por isso eu acho besteira a gente tentar se definir, porque ainda não fomos terminados e o mundo ainda não foi terminado. Nietzsche já falava sobre essa ideia do eterno ciclo das coisas e eu acho que essa é a maior verdade. Por isso somos infinitos. E a vida está aqui para nos mostrar como é idiota estabelecer qualquer coisas ou ter certezas absolutas. Nós não sabemos nem de onde viemos e nem para onde vamos simplesmente porque não existe uma definição. E somos bobos e passamos a vida inteira pensando sobre isso sendo que a resposta é óbvia: não existe resposta. O universo inteiro, com todas as galáxias e planetas não foram terminados. A vida está na nossa frente nos mostrando como é inútil definir qualquer coisa. Fico pensando em como o presente é o momento mais importante sempre, mas a gente não consegue dar o valor certo por causa das milhões de possibilidades que aparecem a todo momento. Por isso nem adianta falar para aproveitar o momento, porque a gente aproveita o momento quando dá e de forma natural. Enfim, no final a única coisa que eu sei é que quando eu olho para trás eu penso que a vida vale mesmo a pena e isso basta para mim.
O amor é arte, não entretenimento
“Em um relacionamento amoroso, sempre mostre para a pessoa que ela pode te perder a qualquer momento, que você não está nas mãos dela”. Há tempos que escuto essa frase e sempre fico me perguntando quem foi o imbecil que deixou ela solta por aí ao ponto de ter se tornado popular. A resposta é simples: Qualquer pessoa pode perder a outra a qualquer momento. Seja por uma morte, porque surgiu uma viagem ou simplesmente porque quem você gosta talvez não goste mais da sua companhia.
Nos inspiramos em comédias românticas e a achamos que a nossa vida pode se parecer com a de um filme, esquecendo que as pessoas são muito mais complexas do que se mostram. Ensinaram a nos relacionar como se faz um bolo de chocolate e foram dadas regras para se jogar um jogo que não tem ganhador. Por isso andamos tão frustrados e sem entender o que as pessoas querem, porque se elas saem do ‘padrão’ de comportamento esperado, a gente se desespera. Zygmunt Bauman tratou disso muito bem quando escreveu o livro “O Amor líquido”, onde ele compara essa fluidez dos relacionamentos de hoje com o comportamento da sociedade. Rapidez e utilidade são as características mais marcantes no momento e infelizmente as pessoas começaram a aplicar essas fórmulas nas relações.
Depois da Revolução Industrial, com o advento da propaganda e do marketing e todas as estratégias para vender produtos, o mundo virou de cabeça para baixo, por não saber direito o que fazer com tanta informação. A cultura de massa foi muito bem instalada, ao ponto de que tudo virou massificado e superficial, inclusive os relacionamentos, que passaram a ser uma espécie de entretenimento. As estratégias de venda foram aos poucos se inserindo na nossa vida pessoal e então passamos a acreditar que também éramos um produto e conseguiríamos ser “vendidos” se tivéssemos uma boa estratégia.
Não podemos dar na primeira noite, nem demostrar que gostamos demais, nem ligar no dia seguinte, senão vamos parecer desesperados, precisamos nos dar sempre pela metade, senão assusta. As pessoas forçam para que seus parceiros continuem ali, criando métodos para deixa-los sempre presos a elas. A gente provoca, se dá um pouquinho, mas depois tira. Nós não somos ações na bolsa, nem contratos e muito menos donos um dos outros. Todo mundo gosta muito de brincar com o desejo do outro, porque nos falaram que as pessoas gostam de desafio. Criamos essa ideia de que tudo que é mais difícil vale mais a pena, mas o amor não cabe nessa teoria. O amor é simples e não precisa de dificuldade para nascer. O desafio já consiste em se relacionar, porque quando se trata de gente, nós nunca sabemos nada e mais uma vez nos encontramos à beira de um abismo. O amor se aproxima da arte porque nos dois casos nos encontraremos perdidos, em algum momento, em frente a uma página em branco. Quando temos todas as possibilidades, nos assustamos porque não sabemos lidar com o infinito. Temos que largar o nosso orgulho de lado para olharmos para nós mesmos e finalmente darmos o primeiro passo, a primeira palavra, o primeiro risco. Nunca sabemos o que vai fazer com que o outro se apaixone ou se desapaixone, porque às vezes nem ele mesmo sabe. Então eu não sei para quê criar mais mistério, se por mais aberta que seja uma pessoa, ela vai ser sempre um mistério para o outro, porque a gente tá sempre mudando.
É engraçado como inevitavelmente nos apropriamos dessas características da sociedade de consumo para nossas relações afetivas. O modelo de relacionamento vem mudando ao longo dos anos e isso é totalmente natural, mas o problema é que associamos essa relação de comprador/produto e passamos a achar que a pessoa que escolheu estar ao nosso lado é propriedade nossa. Acreditamos que temos algum direito de falar o que ela pode fazer, onde ela pode ir e cria-se um ciclo de ciúmes estúpido, pois não aceitamos dividir o outro com ninguém. E se formos parar para pensar, sentir ciúmes não é nada mais do que puro egoísmo e orgulho. Pois não é o medo de perder o outro, mas de perder o outro para alguém. E não aceitamos sermos trocados por aquele que achamos que possuímos.
Não existe um modo de definir ou enquadrar relacionamentos, porque as pessoas são diferentes e cada pessoa é um infinito de possibilidades. Cada ser é um pequeno universo que se cria e transforma todos os dias. Não existem regras, só entrega e descoberta. No dia que entendermos isso de fato, estaremos realmente preparados para amar e para entender os altos e baixos do outro. No amor não existe o certo, só existe o risco.
Nos inspiramos em comédias românticas e a achamos que a nossa vida pode se parecer com a de um filme, esquecendo que as pessoas são muito mais complexas do que se mostram. Ensinaram a nos relacionar como se faz um bolo de chocolate e foram dadas regras para se jogar um jogo que não tem ganhador. Por isso andamos tão frustrados e sem entender o que as pessoas querem, porque se elas saem do ‘padrão’ de comportamento esperado, a gente se desespera. Zygmunt Bauman tratou disso muito bem quando escreveu o livro “O Amor líquido”, onde ele compara essa fluidez dos relacionamentos de hoje com o comportamento da sociedade. Rapidez e utilidade são as características mais marcantes no momento e infelizmente as pessoas começaram a aplicar essas fórmulas nas relações.
Depois da Revolução Industrial, com o advento da propaganda e do marketing e todas as estratégias para vender produtos, o mundo virou de cabeça para baixo, por não saber direito o que fazer com tanta informação. A cultura de massa foi muito bem instalada, ao ponto de que tudo virou massificado e superficial, inclusive os relacionamentos, que passaram a ser uma espécie de entretenimento. As estratégias de venda foram aos poucos se inserindo na nossa vida pessoal e então passamos a acreditar que também éramos um produto e conseguiríamos ser “vendidos” se tivéssemos uma boa estratégia.
Não podemos dar na primeira noite, nem demostrar que gostamos demais, nem ligar no dia seguinte, senão vamos parecer desesperados, precisamos nos dar sempre pela metade, senão assusta. As pessoas forçam para que seus parceiros continuem ali, criando métodos para deixa-los sempre presos a elas. A gente provoca, se dá um pouquinho, mas depois tira. Nós não somos ações na bolsa, nem contratos e muito menos donos um dos outros. Todo mundo gosta muito de brincar com o desejo do outro, porque nos falaram que as pessoas gostam de desafio. Criamos essa ideia de que tudo que é mais difícil vale mais a pena, mas o amor não cabe nessa teoria. O amor é simples e não precisa de dificuldade para nascer. O desafio já consiste em se relacionar, porque quando se trata de gente, nós nunca sabemos nada e mais uma vez nos encontramos à beira de um abismo. O amor se aproxima da arte porque nos dois casos nos encontraremos perdidos, em algum momento, em frente a uma página em branco. Quando temos todas as possibilidades, nos assustamos porque não sabemos lidar com o infinito. Temos que largar o nosso orgulho de lado para olharmos para nós mesmos e finalmente darmos o primeiro passo, a primeira palavra, o primeiro risco. Nunca sabemos o que vai fazer com que o outro se apaixone ou se desapaixone, porque às vezes nem ele mesmo sabe. Então eu não sei para quê criar mais mistério, se por mais aberta que seja uma pessoa, ela vai ser sempre um mistério para o outro, porque a gente tá sempre mudando.
É engraçado como inevitavelmente nos apropriamos dessas características da sociedade de consumo para nossas relações afetivas. O modelo de relacionamento vem mudando ao longo dos anos e isso é totalmente natural, mas o problema é que associamos essa relação de comprador/produto e passamos a achar que a pessoa que escolheu estar ao nosso lado é propriedade nossa. Acreditamos que temos algum direito de falar o que ela pode fazer, onde ela pode ir e cria-se um ciclo de ciúmes estúpido, pois não aceitamos dividir o outro com ninguém. E se formos parar para pensar, sentir ciúmes não é nada mais do que puro egoísmo e orgulho. Pois não é o medo de perder o outro, mas de perder o outro para alguém. E não aceitamos sermos trocados por aquele que achamos que possuímos.
Não existe um modo de definir ou enquadrar relacionamentos, porque as pessoas são diferentes e cada pessoa é um infinito de possibilidades. Cada ser é um pequeno universo que se cria e transforma todos os dias. Não existem regras, só entrega e descoberta. No dia que entendermos isso de fato, estaremos realmente preparados para amar e para entender os altos e baixos do outro. No amor não existe o certo, só existe o risco.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
Cinquenta tons pastéis
O best-seller “Cinquenta tons de cinza”, escrito por E L James, arrancou suspiros de algumas mulheres por causa do charmoso e inexistente, Mr.Gray e causou repúdio em outras pessoas que afirmaram que o livro não passa de uma besteira sem fim. Tudo bem, de fato o livro não passa de uma bobagem, mas a questão é que ele abriu os olhos de várias mulheres e agora elas estão se permitindo mais, sexualmente falando.
Tenho uma lista de coisas ruins para falar sobre o livro. Ele é bobo, reafirma que os homens é que devem conquistar as mulheres e francamente, esse tal Gray é um otário. Primeiro que ele não existe: um homem novo, que já tem seu negócio bilionário, (ele não é rico não, é bilionário) lindo, misterioso, inteligente, incrível e blábláblá. Sinceramente, se esse homem aparecesse na vida de qualquer uma de nós, ninguém ia dar bola. Até mesmo a maior das interesseiras ia achar esse cara um chato. Mistério demais atrapalha, afinal, a melhor parte dos homens é que eles são mais simples que nós. Tirando também o fato de que um homem assim seria um político corrupto, da máfia ou sustentado pelos pais. Pode até ser que um homem jovem com essa riqueza exista, mas seria mais interessante se a autora tivesse escrito uma história mais real, mais perto de nós.
Achei que não se passava de uma leitura meio breguinha, mas várias mulheres amaram e falaram que é apenas um livro de ficção, pra passar o tempo. E eu fiquei pensando em qual é o problema de serem lançados livros bobos assim. Vários livros são histórias criadas, irreais e que deixam a gente sem querer dormir para devorá-los inteiros. Talvez esse tipo de livro não se encaixe na literatura ou na arte, mas quem disse que não pode haver entretenimento na escrita também? Já está mais do que óbvio que arte mudou drasticamente desde a revolução industrial, pois nasceu a indústria cultural e fez com que a arte também se transformasse em mercadoria. De acordo com a teoria frankfurtiana, essa foi a pior coisa que podia ter acontecido, mas agora já estamos inseridos nesse meio de consumo de massa acho que podemos olhar a arte de outra forma. Precisamos indiscutivelmente saber separar o que é arte e o que é entretenimento, por mais que a arte também seja um produto. O artista não vive só inspiração e amor, ele também precisa ganhar dinheiro. A diferença é que um artista vê o dinheiro como consequência do que faz. Ele estudou, tem um discurso por trás da obra, ralou e finalmente expôs o que criou. Dinheiro mais do que merecido para esse cara. Mas começo a ter preguiça desse discurso de que entretenimento não serve para nada. Serve para divertir, para você esquecer um pouco a realidade, serve exatamente para não pensar, ao contrário da arte. É preciso entrar em um equilíbrio entre arte e entretenimento. O inútil às vezes é bom.
E para provar isso venho falar como o livro idiota “cinquenta tons de cinza” aumentou em 20% a venda de produtos eróticos para mulheres. Fez com que várias mulheres se sentissem mais à vontade com o sexo e até para falar abertamente sobre isso. A maioria das mulheres amou o livro e ficou morrendo de vontade de praticar tudo que leram. A obra expandiu a mentalidade feminina, algo que já era para ter acontecido na tal revolução sexual, mas esta não passa de marketing de comportamento. Não se discute sexo de forma justa, apesar de falarem que existem mais debates, que a mulher é mais livre e que as pessoas agora transam mais por causa da camisinha. Tudo mentira, senão esse livro não teria sido classificado como leitura erótica e as mulheres estariam gozando loucamente.
Espero que esse livro tenha sido um grande passo para abrir a cabeça das pessoas, pelo menos de alguma forma, e que elas comprem mais produtos eróticos, façam mais sexo selvagem, falem menos mal do entretenimento e estudem mais arte. Enfim, que a gente se permita mais, em todos os sentidos.
Tenho uma lista de coisas ruins para falar sobre o livro. Ele é bobo, reafirma que os homens é que devem conquistar as mulheres e francamente, esse tal Gray é um otário. Primeiro que ele não existe: um homem novo, que já tem seu negócio bilionário, (ele não é rico não, é bilionário) lindo, misterioso, inteligente, incrível e blábláblá. Sinceramente, se esse homem aparecesse na vida de qualquer uma de nós, ninguém ia dar bola. Até mesmo a maior das interesseiras ia achar esse cara um chato. Mistério demais atrapalha, afinal, a melhor parte dos homens é que eles são mais simples que nós. Tirando também o fato de que um homem assim seria um político corrupto, da máfia ou sustentado pelos pais. Pode até ser que um homem jovem com essa riqueza exista, mas seria mais interessante se a autora tivesse escrito uma história mais real, mais perto de nós.
Achei que não se passava de uma leitura meio breguinha, mas várias mulheres amaram e falaram que é apenas um livro de ficção, pra passar o tempo. E eu fiquei pensando em qual é o problema de serem lançados livros bobos assim. Vários livros são histórias criadas, irreais e que deixam a gente sem querer dormir para devorá-los inteiros. Talvez esse tipo de livro não se encaixe na literatura ou na arte, mas quem disse que não pode haver entretenimento na escrita também? Já está mais do que óbvio que arte mudou drasticamente desde a revolução industrial, pois nasceu a indústria cultural e fez com que a arte também se transformasse em mercadoria. De acordo com a teoria frankfurtiana, essa foi a pior coisa que podia ter acontecido, mas agora já estamos inseridos nesse meio de consumo de massa acho que podemos olhar a arte de outra forma. Precisamos indiscutivelmente saber separar o que é arte e o que é entretenimento, por mais que a arte também seja um produto. O artista não vive só inspiração e amor, ele também precisa ganhar dinheiro. A diferença é que um artista vê o dinheiro como consequência do que faz. Ele estudou, tem um discurso por trás da obra, ralou e finalmente expôs o que criou. Dinheiro mais do que merecido para esse cara. Mas começo a ter preguiça desse discurso de que entretenimento não serve para nada. Serve para divertir, para você esquecer um pouco a realidade, serve exatamente para não pensar, ao contrário da arte. É preciso entrar em um equilíbrio entre arte e entretenimento. O inútil às vezes é bom.
E para provar isso venho falar como o livro idiota “cinquenta tons de cinza” aumentou em 20% a venda de produtos eróticos para mulheres. Fez com que várias mulheres se sentissem mais à vontade com o sexo e até para falar abertamente sobre isso. A maioria das mulheres amou o livro e ficou morrendo de vontade de praticar tudo que leram. A obra expandiu a mentalidade feminina, algo que já era para ter acontecido na tal revolução sexual, mas esta não passa de marketing de comportamento. Não se discute sexo de forma justa, apesar de falarem que existem mais debates, que a mulher é mais livre e que as pessoas agora transam mais por causa da camisinha. Tudo mentira, senão esse livro não teria sido classificado como leitura erótica e as mulheres estariam gozando loucamente.
Espero que esse livro tenha sido um grande passo para abrir a cabeça das pessoas, pelo menos de alguma forma, e que elas comprem mais produtos eróticos, façam mais sexo selvagem, falem menos mal do entretenimento e estudem mais arte. Enfim, que a gente se permita mais, em todos os sentidos.
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