Queria que existisse um remédio que curasse a paixão.
Que tirasse esse frio na barriga, essa angustia, esse medo, essa vontade de
saber onde está o outro. Queria que esse remédio levasse o pensamento para
longe e que a gente pudesse ver um filme ou ler um livro em paz, como fazem as
pessoas que não estão sendo atormentadas por algum tipo de dor.
Eu tentei parar de pensar em você durante o dia, mas foi inevitavel. Em todos
os lugares que eu passei, eu queria te contar alguma coisa. Já passei por isso
tantas vezes, mas toda vez parece que é a primeira vez. Se apaixonar é sempre
pela primeira vez e eu nunca vou entender por quê. E até a gente admitir que gosta
de alguém é uma dor incurável. Não existe remédio, nem nada que faça acalmar o
coração. Ele só acelera, acelera e acelera toda vez que a sua imagem aparece na
minha memória. Queria te trancar num quarto escuro e nunca mais te tirar de lá.
Como um segredo que eu guardo, mas não quero contar nem pra mim. Porque o amor
sempre aparece em forma de enigma pra mim e eu morro de medo e fujo toda vez,
mas sempre mentido que vou ficar. Eu nem sei quem é você e fico querendo
descobrir todas as coisas que você pensa. Porque você compra qualquer coisa
idiota que eu falo e joga com outra melhor.Eu sempre me achei mais genial do
que todos os caras que eu fico porque eles nunca entedem nada. Eles sempre
gostam de me olhar pela superficie, tentando decifrar aonde eu quero chegar.
Mas, no fundo, ninguém sabe de nada e eu não quero chegar a lugar nenhum. Eu só
quero ir. E hoje eu só queria que você ficasse, pelo menos até amanhã de manhã.
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