quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Cálice

Talvez o mundo não seja pequeno
Nem seja a vida um fato consumado
Quero inventar o meu próprio pecado
Quero morrer do meu próprio veneno
Quero perder de vez tua cabeça
Minha cabeça perder teu juízo
Quero cheirar fumaça de óleo diesel
Me embriagar até que alguém me esqueça

cale-se

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Lado B de tudo

"Quando duas almas brutas, canalhas, despudoradas, cínicas e incendiárias (somos conscientes de que é isso que somos mesmo) se encontram, inacreditavelmente, surge também o amor. E ele sempre esteve ali, ao meu lado: bebendo cerveja comigo, discutindo sobre a humanidade e distribuindo cinismo. O amor não é só delicadezas, ele tem um lado B, mais heavy e dark, autêntico, não-comercial, como os vinis. E esse B-side é sempre o melhor do vinil. Somos o lado B do amor." Camila Travassos

Do melhor tumblr já criado: eutededico.tumblr.com/page/2

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

"Pra sempre eu vou sentir um elevador de gelo seco em todos os meus andares quando você aparece de alguma maneira. Quando tem foto sua, quando tem recado seu, quando tem você atravessando a avenida." Tati Bernardi

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Amanhecer é como renascer. A gente nasce de novo todos os dias e não percebe.

“A fundamental layer of their happiness depended on the four of them being close to one another. Their lives were independent and full. Their friendship was only one aspect of their lives, but it seemed to give meaning to all the others.”

 “The word friends doesn’t seem to stretch big enough to describe how we feel about each other. We forget where one of us starts and the other one stops.”

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

É arte

“A arte só existe se ela afeta. A obra de arte só existe na medida em que ela afeta aquele para quem ela faz a obra, isto é, aquele que ela abre porque é isso que quer dizer a obra, isto é opera : trabalho, mas também abertura: isso abre, isso opera. Se a obra não abre, ela não é nada. Se a obra abre apenas o artista ele mesmo, ela não abre nada. A obra só pode abrir o outro, e o outro é aquele que está fechado.”
STIEGLER, Bernard. Reflexões (não) contemporâneas. Org. e Trad. Maria Beatriz de Medeiros. Chapecó:Argos. 2007.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Antes de ser

A nossa história é linda. Daquelas que não têm começo, meio e fim. Consigo ver essa história como aquela frase da Clarice Lispector "Não lembro mais qual foi nosso começo. Sei que não começamos pelo começo. Já era amor antes de ser". Eu amei você desde o primeiro dia que você falou pra eu parar de rir e me beijou, naquele clube meio galpão que eu nem imaginava que seria o lugar onde eu frequentaria todas as sextas a partir daquele dia. Eu quis você como se quer alguém que há muito tempo não é visto. Queria todos os seus detalhes, sua boca seca, seus intervalos, seus sorrisos e suas músicas. Há muito tempo eu escrevi um texto pra você chamado "fome", e nele eu sempre te queria mais e mais. Escrevi bem no começo de tudo, sem saber ainda o estrago que você causaria na minha memória. Você reinventou o amor. Meu coração não para quando eu te vejo, nem fico nervosa ao ponto de falar várias besteiras. Você aparece e eu só quero ficar em silencio, que se quebra toda vez que você me faz gargalhar e esquecer o mundo. O amor é esse silencio que paira sobre mim quando você aparece. Eu gosto de chamar de paz.