Pessoal, esse blog agora migrou para o derepentedacerto.wordpress.com
Não vou apagar esse por enquanto, mas depois ele deve sumir. Então, continuem acompanhando por lá :)
De repente dá certo
"Sometimes there's so much beauty in the world, I feel like I can't take it, and my heart is just going to cave in"
segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
segunda-feira, 30 de junho de 2014
A incrível geração que generaliza as relações (mentira, isso sempre existiu)
Há dois textos controversos circulando pela internet. Ótimos,
por sinal! Acho que existem pontos verdadeiros e interessantíssimos nos dois.
Um deles é da colunista Ruth Manus e outro da minha amada Mariliz Pereira Jorge,
que tem uma coluna ótima na Folha de São Paulo. O texto da Ruth diz que existe
uma geração de mulheres independentes que são tudo que um homem não quer e o
outro texto rebate, falando que existe sim homem que goste de mulher
independente, que isso não é motivo para estar sozinha. Resumindo friamente, os
dois tentam apontar explicações para uma das maiores crises da humanidade hoje:
o medo de ficar sozinho. Um deles fala que muitas mulheres estão sozinhas
porque são independentes e os homens não estão preparados para essas mulheres,
o outro fala que na verdade quem está sozinho é porque é chato, afinal tem um
monte de homem bacana, procurando mulheres independentes, dando sopa.
Acho que essa é uma discussão válida em alguns aspectos, mas,
no fundo, não passa de um debate vazio e generalizador. É errado e muito
perigoso querer apontar um problema geral explicando por que as pessoas estão
sozinhas. As mulheres que estão sozinhas não estão porque simplesmente são
independentes ou chatas, mas provavelmente porque essa pessoa não está
realmente aberta para encontrar o tal amor da vida, se é que isso deveria
existir... Talvez ela só não esteja preparada para conhecer alguém que mexa
tanto com a sua cabeça, ou que a faça ter vontade de desmarcar compromissos pra
ficar com um cara, ou porque ela não se acha boa o suficiente, ou porque não
tem tempo, ou porque não esqueceu um amor antigo, ou porque simplesmente não
quer. São inúmeros motivos e eu poderia ficar citando-os por horas. Vale ressaltar
aqui que esse problema com a solidão assola também a vida dos homens. A gente
que tem essa mania boba de achar que toda mulher quer casar, encontrar o amor
da vida. Mas a verdade é que todos nós, homens e mulheres, buscamos um ombro
pra encostar quando chegamos em casa.
As pessoas que estão sozinhas, no fundo, sabem por que estão
assim. E essas tentativas de resposta são para nós mesmos nos enganarmos e
acharmos que tudo bem, estamos sozinhos por um mal generalizado. Mas não. Às
vezes, você está sozinho simplesmente porque não teve tempo de descobrir no
outro, algo que te faça esquecer dos problemas. E não é fácil não. Não é
questão de beleza, riqueza ou inteligência. A gente se apaixona por coisinhas
inexplicáveis e por isso o amor é tão mágico. Mas como a gente vai ver beleza
nas simplicidades do outro, se a gente não vê nem nas nossas?
Agora desliga
esse seriado que você tá vendo, põe sua música preferida pra tocar e saia por
aí sem a intenção de procurar alguém. Ou quem sabe, pra procurar por você
mesmo. Encontrar aquele eu que te faria se apaixonar, aquele seu eu que você
morre de saudade. Sai por aí pra ouvir um pouco o outro, pra entender mais
sobre o que você não sabe. Sai por aí tentando entender você. Sem essa de
generalizar. Você não está sozinho por ser chato, gordo, independente, egoísta.
Você não está sozinho por nenhum motivo simples e específico. É que as pessoas
são bem complexas mesmo. Como você achou que as relações poderiam ser simples?
A gente tem que saber se doar e receber em troca. Descubra o que você realmente quer e corra
atrás disso. Garanto que a solidão vai te dar uma trégua, pelo menos por
enquanto. Afinal, não existe amor maior do que o amor próprio.
quinta-feira, 12 de junho de 2014
Dia dos namorados, a data mais cretina do ano
Entre as datas comemorativas, o dia dos namorados é uma das
mais cretinas. Claro que datas comemorativas são todas meio cretinas (tirando
aniversário, porque pelo menos uma vez no ano eu amo ser paparicada), mas o dia
dos namorados quase beira ao fracasso. Poderiam ter inventado um dia que se
comemora o amor de todas as formas possíveis, quase uma pegada Valentine’s day,
só que ainda mais focada no amor em geral. Enfim, antes que alguns comecem a me
perguntar que tipo de trauma eu sofri para não gostar de “namorar” ou falar que
eu não quero assumir meus sentimentos, eu não vim aqui criticar o
relacionamento de ninguém. Na verdade, eu estou achando bem fofinhas todas
essas fotos cheias de amor aparecendo na minha timeline. Eu amo o amor!
Mas pra mim, o dia dos namorados é completamente cretino
porque grande parte das pessoas que não está namorando, está se sentindo
completamente na merda nesse momento (mentira, hoje não porque tem jogo do
Brasil). E a grande questão é: Por quê? Claro, é super legal ter alguém, super
legal estar apaixonado e tal. Juro, eu amo me apaixonar! Mas por que a gente não
assume e tenta perceber que não estar apaixonado também é igualmente legal? E a
resposta não é “ah, melhor ficar solteiro. Posso fazer o que eu quiser”- Você
pode muito bem estar namorando e ser completamente livre pra fazer o que
quiser, contanto que você namore uma pessoa que lide bem com isso (sim, existem
várias que aceitariam suas propostas). “ah, namorar é muito complicado” – então
arrume um namoro que não seja. Você acha complicado a sua relação com seu
melhor amigo? Provavelmente não... mas isso é assunto pra outro texto.
Por que a gente acha que estar solteiro é estar sempre à
procura de alguém? É muito clichê falar que quando você não está procurando,
alguém aparece, mas a questão é que quando você está focado em você, o resto do
mundo também foca em você. Se ao em vez de gastar seu tempo procurando alguém
pra pegar na balada, você simplesmente se divertisse e bebesse com seus amigos,
alguém em um cantinho da festa iria reparar e achar você a pessoa mais incrível
do planeta. (aquele cara que você é a fim também ia achar).
E o dia dos namorados e nossa sociedade idiota é mais
cretina ainda por alimentar essa cultura onde apenas o outro te completa, o
outro é sua vida, o outro, sempre o outro. E a gente fica nesse ciclo vicioso
de querer estar namorando, mas quando namora, sofre e acha complicado demais. Como
se ficar sozinho fosse um fardo que foi dado a você. Já fiquei sozinha por
muito tempo da minha vida, levei pé na bunda e dei pé na bunda de centenas de
caras que eu achava que eram os mais incríveis da vida, mas e aí? Não me
arrependo de nenhum desses “fracassos” amorosos, porque se não fossem eles eu
não seria quem eu sou hoje e provavelmente os meus relacionamentos que deram
certo não teriam sido tão bons. Também é muito provável que eu não estivesse
vivendo o melhor relacionamento que eu já vivi até hoje, porque eu não ia ter
aprendido nada!
E o que quer dizer um relacionamento dar certo? Casar? Pra
mim, não importa se você não namorou, não noivou, não casou. O que importa é o
que foi vivido. Se foi um mês incrível, que vai deixar muita saudade, então
quer dizer que deu certo. As relações duram o tempo que elas têm que durar e a
gente não precisa ficar insistindo em algo que acabou só porque tem medo de
ficar sozinho ou porque tem medo de não encontrar outra pessoa. Sei lá, foge,
vai fazer uma viagem, vai pra lugares que você nunca foi! Não precisa sair procurando,
mas precisa estar aberto. Aberto pra conhecer pessoas de todos os tipos, para
dançar músicas que você só dançaria bêbado e para praticar um esporte que você
morre de medo. É preciso estar aberto pra você e curtir sua própria companhia.
Curtir todo o resto da vida que não é necessariamente namorar. Pode ser difícil
perceber, mas o mundo está cheio de possibilidades e de coisas para serem
feitas. É só ir atrás daquilo que você gosta de fazer!
A vida continua e vai ser incrível você casando ou não. “A
solidão é pretensão de quem fica escondido fazendo fita”. É legal ter uns
casos, escrever cartas de amor, dar uma de maluco, se desapaixonar e se
apaixonar de novo. Não é todo mundo que
casa, não é todo mundo que vai envelhecer junto, mas todo mundo alguma hora na
vida vai se apaixonar e será correspondido. Quando isso acontecer, é bom que
você esteja preparado, porque é uma felicidade das mais bonitas que eu já vivi.
Bem diferente da felicidade de ser solteiro, mas as duas são igualmente
valiosas. E sinceramente, acho que a gente só consegue ter um relacionamento
pleno, depois de entender que não há problema nenhum em ficar sozinho. Ter um
namorado pode até ser, em vários momentos, melhor do que estar solteiro. Mas
pra que isso aconteça, é preciso ter a noção completa de que vocês são livres e
que estão juntos porque querem, porque um adora o jeito do outro, ama as piadas
sem graças do outro, não entende nada do outro, mas ama mesmo assim. Se for pra
namorar, que seja de verdade, de coração, sem joguinhos, sem medo. E se for pra
ser solteiro, também.
Feliz dia do amor em todas as formas!
terça-feira, 3 de junho de 2014
Obrigada, mundo, por eu ter nascido nessa época em que eu posso desfrutar o século 21 e viver nesse ponto da Era tecnológica e da informação. É neste ponto (o agora!) que a ciência e a arte se encontraram e mudam toda a estrutura da nossa sociedade. Mudam os conceitos, mudam as opiniões e muda a cultura. Estamos vivendo uma nova "revolução industrial", mas dessa vez é 1 trilhão de vezes mais impactante do que já foi. meu tempo.
sexta-feira, 30 de maio de 2014
As portas estão abertas, só falta atravessar.
É realmente muito difícil a gente abrir os olhos e perceber
que as portas estão todas abertas, escancaradas na nossa frente. A gente pode
escolher qualquer uma, mas é muito difícil aceitar uma mudança brusca na vida. Eu
não sei se percebi isso depois que mudei de cidade e vim parar sozinha na
cidade maravilhosa, que parecia mais caótica do que bonita nas primeiras
semanas. Mas hoje consigo entender de uma forma que eu não entendia antes que,
realmente podemos escolher a vida que queremos. Não, não é fácil. Não é como
optar por comprar um picolé de limão ou chocolate, não é como optar por ir a
uma festa ou ficar em casa.
Mudar significa chacoalhar com as nossas certezas, com
nossas ideias e olhar tudo como se fosse novo. Já tive épocas em que eu amava
rotina, outras em que eu queria deixar tudo de lado e me jogar no mundo. Me
joguei. Sem a certeza de nada e com a expectativa de ser uma escritora e atriz
foda num lugar onde todo mundo quer a mesma coisa. Não vou dizer que foi
tranquilo e que não passei por noites em claro pensando o que eu fiz da minha
vida, mas na manhã seguinte eu sentia o cheiro do mar e achava que eu não
poderia estar em outro lugar. Meu lugar preferido é onde eu quero estar e agora
me sinto muito mais aberta para as mudanças da vida.
Acho que eu tivesse que me mudar pra Bogotá, São Paulo ou
Japão eu não teria problema. (Tá, Bogotá talvez não). Já me mudei antes, já sei
que final dá certo, já morei sozinha, já passei aperto, conheci gente chata e
pessoas que atravessaram minha vida e me causaram um tsunami mental. Eu sempre
gostei muito gente. Dos gostos, das opiniões, das histórias. Confesso que
também tenho muita preguiça de gente com discurso raso, mas já parei para
ouvi-las e eram pessoas com um coração enorme, apesar da cabeça pequena. É muito
difícil não julgar e mais difícil ainda quando a gente julga e quebra a cara. Mas
acho que viver é se surpreender e pra se surpreender é preciso dar chances. Para
os outros e para você mesmo. Eu tento sempre me dar uma segunda chance.
Muitas vezes, para que haja mudança é preciso que aconteça
alguma coisa que te tire da zona de conforto. Uma morte, término de
relacionamento, uma briga ou uma demissão. E quando isso acontece é muito mais
difícil perceber que as outras portas ainda estão abertas. Parece que o mundo
inteiro se fechou pra você. Só existe a sua janela aberta, olhando para as
pessoas do prédio da frente, cheias de vidas, de expectativas com o futuro. Parece
que o mundo acabou ali.
A gente vai voltando aos poucos ou às vezes dá um estalo e a
gente muda o rumo das coisas. Eu sempre gostei de mudar o rumo das coisas. Quantas
coisas falei que nunca faria e fiz. Subir num palco e interpretar um
personagem? Nossa, pensei que jamais faria isso. Eu tinha medo até de ler um
parágrafo na sala de aula da escola. Tinha muito medo de mim. Até que eu
resolvi ir testando essas portas que estão sempre abertas para a gente. Algumas
deram certo, outras eu preferia não ter aberto. Mas eu nunca saberia se eu não
tivesse tentando.
Acho que dar errado é
tão bom quanto dar certo, porque no final a gente sempre leva alguma coisa de
bom. E quanto mais portas abrimos, mais percebemos que existem outras portas
abertas e outras se abrem como uma dimensão infinita. E como eu gosto desse
frio na barriga, do medo da mudança, de saber que eu sou livre, completamente
livre pra ser o que e quem eu quiser. Sim, sim, eu sei que isso terá consequências.
Mas depois de abrir algumas portas por escolha sua, você passa a aceitar as consequências
de forma mais branda. Os resultados serão um problema seu (e de quem gosta
muito de você, que vai encarar essas consequências também, sempre! Ainda bem
que essas pessoas existem). Sei que vão falar um milhão de vezes “Não! O que
você tá fazendo com a sua vida?” A única coisa que eu sei é que eu sei
exatamente o que eu estou fazendo da minha vida. Eu estou vivendo. Porque eu
não quero nunca achar que é tarde demais pra abrir e atravessar outra porta.
terça-feira, 27 de maio de 2014
A importância da fotografia analógica, apesar do meu amor pela tecnologia
Fotografia sempre foi uma das artes que admirei. Talvez porque eu seja meio nostálgica. A foto captura um momento e parece que o sentimento todo que pairava ali, fica preso em um rolo de filme.
A fotografia analógica captura a essência do momento em que a foto
foi feita e por isso que me encantei tanto com a lomografia. Eu já tinha
brincado com a ActionSampler, mas não tinha ousado experimentar muito. Gostava
mais da ideia de ter uma foto tipo histórias em quadrinhos porque o efeito é
simplesmente sensacional, mas depois me falaram que pra começar seria melhor
usar a La Sardina.
Eu já conhecia o efeito e achava
que as fotos ficariam nada demais, mas me surpreendi completamente. Esperava o
momento exato, para tirar aquela foto especial, afinal eu só teria 36 fotos
para gastar. Depois percebi que além de esperar um momento interessante para
fotografar, o importante era não pensar na hora de apertar o clique e se jogar! O mais
legal é conseguir captar a espontaneidade do momento e se divertir com os
resultados depois.
Quando aprendi a fazer dupla exposição, não parei mais. Queria
fazer o filme inteiro juntando uma foto na outra, mas aos poucos fui aprendendo
a valorizar a foto normal e descobri que eu simplesmente amo o efeito
nostálgico da La Sardina! Por ser uma câmera grande angular e não deixar as
cores tão nítidas tive grandes surpresas ao digitalizar minhas fotos.
Depois de toda essa tecnologia
que foi invadindo as nossas vidas (amém!), mexer com uma câmera que nos faça
pensar duas vezes antes de tirar uma foto é um processo importante. É
necessário aceitar que nossas escolhas têm consequências e principalmente um
tempo para serem absorvidas. O processo de tomar cuidado ao fotografar e ficar
ansiosamente esperando as fotos serem reveladas é algo que não é nada comum
hoje em dia e infelizmente todos nós temos perdido essa essência da espera das coisas.
Queremos tudo com facilidade, rapidez, mas nos esquecemos de que a vida pede
mais do que agilidade. A vida, na maioria das vezes, pede calma e paciência pra
entender seus próprios ciclos. Quando nos deparamos com situações em que
precisamos ser cautelosos, nos perdermos. Não estamos acostumados com aquilo
que nos exige pensar e sentir ao mesmo tempo.
A fotografia
analógica me ensinou que na vida a gente só tem um momento pra aproveitar
aquele instante e pra conseguir a foto perfeita. Não adianta nada desperdiçar o
filme. Tenho aplicado isso nos meus dias e tenho tomado muito cuidado ao fazer
minhas escolhas, mas depois de fazê-las, apenas aperto o click e recebo as
consequências da melhor forma possível.
segunda-feira, 26 de maio de 2014
Eu gosto do incerto
A verdade é que eu não presto. Nunca prestei pra me enquadrar naquilo que falavam que era certo. Sempre amei muito e todo mundo ao mesmo tempo. Tudo no mesmo instante, tudo misturado. Sou constantemente decifrada, mas continuam querendo descobrir meu enigma. Meu segredo é simples.
Eu gosto de gente, do segundo entre uma palavra e outra, do momento entre uma respiração e outra. Gosto do olhar nervoso que olha pro lado fingindo buscar alguma coisa na memória. Eu gosto dos dentes trincando e a mandíbula travada durante os silêncios da noite.
Eu gosto dol sol iluminando os fios de cabelo rebeldes. Sempre olhei as pessoas pelos cantos onde elas não controlam, não conseguem notar. E é aí que eu sempre me apaixono. Me encanto pelos espaços interferíveis das pessoas.
Eu gosto de gente, do segundo entre uma palavra e outra, do momento entre uma respiração e outra. Gosto do olhar nervoso que olha pro lado fingindo buscar alguma coisa na memória. Eu gosto dos dentes trincando e a mandíbula travada durante os silêncios da noite.
Eu gosto dol sol iluminando os fios de cabelo rebeldes. Sempre olhei as pessoas pelos cantos onde elas não controlam, não conseguem notar. E é aí que eu sempre me apaixono. Me encanto pelos espaços interferíveis das pessoas.
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